Já contei a história do bairro, dos movimentos que começaram por aqui... agora é hora de apreciar!!! :) e relembrar...
Música boa e de graça.
Só o fato de ir ao Harlem já desperta a memória musical. Pra começar, deve-se tomar o trem “A” do metrô. A simples menção da frase “Take the A train” me faz lembrar da música que ouvíamos em casa quando pequenos. Há muita coisa pra ver no Harlem. Ver os corais nas igrejas está entre algumas das melhores e também há programações de shows.
Tem a Jumel Terrace Books, uma livraria especializada em literatura negra. A loja fica no porão da casa do dono (ele se define como "private librarian"), que por sinal é branco, mas bem aceito pela comunidade.
Sarau de jazz. Um show fenomenal,acontece na sala de estar da Margie, uma pianista de uns 70 anos que abre as portas do seu apartamento todos os domingos pra se apresentar com um baixista, um saxofonista e um trompetista (e às vezes com outra formação e outros músicos) das 4 as 6 da tarde. Mágico não é? Há um intervalo às cinco, quando ela serve frango frito e suco de maçã.
Como quase todo o jazz, essas domingueiras surgiram de um forte sofrimento. No caso dela, foi a forma de encontrar alegria depois de uma grande perda. Magie realiza esses encontros para homenagear seu filho, Philip, morto de uma complicação no fígado, muitos anos atrás. Para quem gosta de jazz e se entusiasma com a idéia de ir beber água direto na fonte, o domingão no apartamento da Margie é muito recomendável. Ao final, dizem que a gente sai de lá com a sensação de ter vivido um momento muito especial e de não termos perdido o trem “A”. Músicos muito bons que costumam tocar com Margie têm uma relação muito especial com essas domingueiras. Tempos atrás, um grupo francês fez um breve documentário sobre os saraus de Magie. Se puder, vá ver e ouvir chegue bem cedo pra pegar um lugar.
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